Foi num dia de sol que vi pela primeira vez. Nada precisavam me dizer de como conseguíamos enxergar o amarelo da luz. Nada me diziam sobre como não precisar tapar os olhos para fitar a circuferência iluminada. Mas mesmo assim eu via.
Foi com as mochilas nas costas, o colorido na roupa, as mãos dadas e os punhos fechados que vi pela segunda vez. Foi caminhando sob a vida que percebi quão azul podem ser as nossas verdades, mesmo que esse azul só as faça esconder. Foi com esse azul que pintei as minhas mãos, na fúria contra a opressão e na hora de pintar nas paredes dos castelos o título: "Liberdade".
Foi com a taça na mão, com a cachaça na boca que percebi que a cegueira é diferente. Foi perambulando sobre tua face que percebi que antes não enxergava. Foi vendo teus olhos, teus dentes e tuas vestes, que percebi que o que te ilumina é ainda mais belo do que o que me colore. O que te clareia é ainda mais bonito do que a escuridão dos sussuros de prazer.
E era no vinho de todo dia, no todo dia de todo mês, que percebi que o mês de todo ano era sempre tão diferente da chuva que caía com sol, quando tudo era só solidão. Quando a solidão era quebrada como taças em um brindar feliz. Quando se bebiam os restos, o suor e as salivas...
Foi num dia vermelho, de sangue e de luta, que percebi quão importante era caminhar. Foi hasteando minha bandeira que conheci a beleza de arriscar-se no precipício da vida. Foi misturando os meus símbolos que enxerguei a possibilidade de tentar, de experimentar, de ousar e de voar.
Mas foi no verde do mato, da fumaça que lava o rosto, nas flores do nosso jardim, que percebi que tudo pode ser mais uma vez fingido, oprimido e repitido. Foi assim que saí da escuridão onde me encontrava. Foi assim que pintaram as flores deixando respingar suas cores na calçada, e deixando cair minha crença na vida, fazendo perceber que tudo não passava de uma tela, das cores e de um pincel.
Foi com as mochilas nas costas, o colorido na roupa, as mãos dadas e os punhos fechados que vi pela segunda vez. Foi caminhando sob a vida que percebi quão azul podem ser as nossas verdades, mesmo que esse azul só as faça esconder. Foi com esse azul que pintei as minhas mãos, na fúria contra a opressão e na hora de pintar nas paredes dos castelos o título: "Liberdade".
Foi com a taça na mão, com a cachaça na boca que percebi que a cegueira é diferente. Foi perambulando sobre tua face que percebi que antes não enxergava. Foi vendo teus olhos, teus dentes e tuas vestes, que percebi que o que te ilumina é ainda mais belo do que o que me colore. O que te clareia é ainda mais bonito do que a escuridão dos sussuros de prazer.
E era no vinho de todo dia, no todo dia de todo mês, que percebi que o mês de todo ano era sempre tão diferente da chuva que caía com sol, quando tudo era só solidão. Quando a solidão era quebrada como taças em um brindar feliz. Quando se bebiam os restos, o suor e as salivas...
Foi num dia vermelho, de sangue e de luta, que percebi quão importante era caminhar. Foi hasteando minha bandeira que conheci a beleza de arriscar-se no precipício da vida. Foi misturando os meus símbolos que enxerguei a possibilidade de tentar, de experimentar, de ousar e de voar.
Mas foi no verde do mato, da fumaça que lava o rosto, nas flores do nosso jardim, que percebi que tudo pode ser mais uma vez fingido, oprimido e repitido. Foi assim que saí da escuridão onde me encontrava. Foi assim que pintaram as flores deixando respingar suas cores na calçada, e deixando cair minha crença na vida, fazendo perceber que tudo não passava de uma tela, das cores e de um pincel.