domingo, 17 de agosto de 2008

Balada Niihilista de Segunda-Feira - Sick Terror

Desisti de sorrir, desisti de sonhar
Desisti de querer viver em paz

Meus olhos no horizonte não encontram direção
Minha cabeça no buraco não encontra opção

Desisti de sorrir, desisti de sonhar
Desisti de querer viver em paz

Um mergulho ao parapeito,
Dia e noite sem pensar
Uma vida sem limites
Já não consigo parar....

* Essa é uma letra da banda paralela de Nenê Altro(vocalista do Dance of Days). Eu recomendo!

sábado, 16 de agosto de 2008

Caleidoscópio

A cada palavara uma decisão
A cada minuto um passo pra trás
Quinhentos pra frente e anda-se um?

não vale nada
quero como nunca

o que é isso?

não sei...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Um doce sorriso

Todas os anos por mim vividos e viajados dentro de ônibus, ou esperando os mesmos em pontos, durante grande tempo, me fazem refletir sobre coisas quea gente vê. No meu caso, não gosto.
Quem estiver lendo este texto sabe que, seja pra falar do tempo, seja pra falar que a seleção brasileira está ruim, ou que Lula é um bom presidente; sempre há alguém puxando uma conversinha com você. No ônibus, no ponto, ou em lugares que eu não lembro. Faz-me lembrar do cidadão que, após sair do fórum, conseguiu puxar quase todos esses tipos de conversas comigo: sleção brasileira, horário, clima, até chegar no problema dele: "a sentença ainda não saiu". Cá comigo eu pensava: "O que será essa sentença?". Ele, por si mesmo, tratou de responder: "E não é coisa de dinheiro, viu? Imagine se fosse?" Penso: "Será ele um criminoso? Ex-presidiário? Pedófilo? Quem é este cidadão do meu lado?" O fato é que ninguém sabe. E ninguém sabe/conhece ninguém; seja porque o mundo tá corrido demais, ou porque o homem se tornou mais chato com o tempo. Mas o fato é que ninguém conhece ninguém, assim como ele não me conhecia e não sabia que, naquele dia, eu tava puto e não estava querendo ouvir ninguém falar suas besteiras corriqueiras. Ele não sabia que, talvez, eu estivesse passando por problemas maiores do que uma sentença que não saiu, ou que eu não estava achando o tempo tão quente. Mas eu respondia a tudo isso com um simples sorriso...

E já que a gente não conhece as pessoas que nos falam e as que escancaram a boca com grandes sorrisos, a gente também não conhece aquelas vovozinhas que estão sempre sorrindo pra gente com uma familiariedade terna. Quem são esses velhinhos? O que eles pensavam quando tinham a minha idade? Será que eles repondiam com sorrisos? Ou com a cara feia que, às vezes, eu acabo fazendo? Será que eles gostavam do Geisel? Será que eram comunistas? Hoje eles não parecem ser nada, só sorriem. E eu fico com o medo de parecer o chato,...será? O que significam aqueles sorrisos? Minha cara é engraçada? Sentar no banco do ônibus é engraçado? Não sei...
só sei que deve ser algo anestésico, sensação eterna de prazer. Mesmo que seja pra fingir que todos somos bons e inocentes, ou que o mundo é uma maravilha, recheado de um doce sorriso.

Ei...

se desabrochou desacreditadamente
desta vez o odor da flor que trago na mente
me mostrou que sou alguém assim tão diferente
quando do seu lado, perco-me e desabo
tão enlouqucidamente...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Priscilla

Priscilla, que veio em meio ao desespero
tirou-me do raio da escuridão
Priscilla, menina que irradia alegria no meu coração

Amor que me invade
talvez que me mate, maltrate até amanhã
não diz que é tarde, não seja covarde
a nossa vida não é vã

Saudade que bate até outro dia
pra ver o teu rosto sorrir
não quero que acabe a felicidade de ter você por aqui

Maravilha que passou por mim
beleza distinta não dá pra resistir
é Priscilla que me faz feliz
minha vida agora é sentir

O nosso caminho, se nosso destino, amigo nosso ele for
será de alegria e harmonia, te dando muito amor

Pode o mundo cair em desgraça
que eu não preciso fugir
porque em um segundo a tua graça
fará todo mal sumir

não há sentido na vida que vivo
se você não está comigo
quero ser teu amante e amigo
até no inferno se for preciso

Maravilha que passou por mim
beleza distinta não dá pra resistir
é Priscilla que me faz feliz
minha vida agora é sentir

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Qualquer dia eu volto...



Vida de estudante universitário é maravilhosa. Apesar de todos os atropelos e problemas que a Academia nos traz, alguns momentos tornam essa parte de nossa vida nada menos que inesquecível. E nesse mês de julho passei por um desses momentos chamados de inesquecíveis.
Fiz uma viagem para Belém-PA, pro Encontro Nacional dos Estudantes de Letras. Antes de falar da viagem, vale ressaltar que o encontro foi deprimente, mas a viagem foi linda.

Belém, assim como Recife, é o tipo de cidade que faz uma mistura maravilhosa entre o que há de histórico, antigo; com o que há de uma grande metrópole( não é à toa que Belém é considerada a Metrópole da Amazônia). Ao mesmo tempo que enxergávamos as luzes e suas principais avenidas, pudemos observar seu mercado público(ver-o-peso), seus museus e o lado obscuro de toda grande cidade, onde, no caso de Belém, tínhamos de ver casas feitas de madeira, todas ao mesmo estilo. Pudemos percorrer a Estação das Docas, onde turistas(não-universitários e bombados) podiam disfrutar o melhor da culinária num ambiente maravilhoso. Mas, pudemos observar o triste retrato de ficarmos no bairro mais perigoso da cidade...

Nada mais incrível que ter visto a floresta amazônica, tão maltratada e tão ameaçada, onde à beira de rios ficavam as palafitas daquele povo que não tinham terra, só tinham a terra deles, a terra que é de ninguém, e é de todos; a terra que é água, onde o principal meio de transporte é o barco( o barquinho vai...).

Açaí, tacacá, dourado, cupuaçu, bacuri, muruci...

Passei por experiências incríveis, como andar de barco num daqueles rios para poder chegar à ilha de Cotijuba, e lá, passar pelo melhor momento da viagem; ao lado de pessoas maravilhosas, que só fizeram a viagem ter ficado ainda melhor: Meu amor, Taciana, índia, Tiago, Jakeline, Almir, Diego... E lá, peguei um bicho-preguiça de dois meses no colo, e aí perguntaram: "erá que é legalizado pelo Ibama?" Eu não sabia, mas sabia que ali, naquela ilha, o estado não chegou: botou seu dedinho, bem de leve... e as ondas daquela praia de água doce fazem a vida andar, assim...devagar, dormindo, como aquela preguiça que peguei no colo...

Parabéns, Pará!