quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Estranhos


Foi difícil. Ter passado todo aquele tempo como tua esposa; ter ouvido cada palavra que tu me disseste, cada carta escrita à pressa, dobrada e colocada no bolso de tua calça até que chegasse a mim. Palavras ludibriantes, que tu escrevia como uma pluma que descia levemente pelo ar, palavras com as quais tu sempre tinhas relacionamento exemplar: eram tuas amigas, companheiras. Eu também deveria ter sido. No começo até fui, passeávamos como um verdadeiro casal, tínhamos o calor em nossa rotina.
O que me surpreende, hoje, é que tuas palavras ficaram difíceis, ficaram rudes e incompreensíveis.
O que me surpreende, hoje, é que não te entenda mais. Que o idioma que sempre falamos tenha ficado preso, lá, no passado. E que hoje não passemos, apenas, de dois estranhos em comum.

13 comentários:

Ananda V. Sgrancio disse...

As pessoas mudam, as coisas mudam.
O pior dessa realidade é que muitas coisas se apagam, amigos são esquecidos, risadas são esquecidas e o que realmente se lembra são dos inimigos, lágrimas.

É uma triste realidade.


http://opniaoinutil.blogspot.com/

Anônimo disse...

Alianças sempre me assustam.

Ah! Estou te presenteando com um selo. Passe lá no meu blog e receba-o (se quiser, é claro). Abração!

Julio Melo disse...

q massa cara...
estranhos q se fundemmm

vai cazar é?

Anônimo disse...

pois eu penso que ninguém muda, apenas se molda a conveniências.


Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO

Igor Palhares disse...

O estranho mundo interior das pessoas é o que mais causa medo.

Alice Reis disse...

meoooo.. essas coisas me fazem chorar! serio...

triste... eu odeio isso!..

rs

bjinhu!

Carlos L. R. disse...

Ah, não é uma música não, Nilson, mas tenho essa coisa de botar musicalidade em boa parte das coisas que escrevo. :p~~

Abraço. Adicionado ao "memo connections" eheheh.

Hariane disse...

Que dura realidade!

Nem sempre as coisas acontecem como a gente quer.

Bj

[ rod ] ® disse...

É a mudança das horas de não cuidado ou de não importância... nestas a flor do querer morre lentamente e os sabores tão fortem amargam que nem fel.

Abçs meu caro,








Novo Dogma:
pedRas...


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

Fernanda disse...

tudo muda,
as vezes a rotina acaba com qualquer relacionamento.

Duda de Oliveira disse...

"Noites que passamos, lado a lado, em solidão"

Jan Góes disse...

Dificil seria mais dificil que fosse
fugir da ealidade comum
um ser diferente em comum entre si

Gostei daqui...
blog legal

Iv0 disse...

Caneta e papel...
deve ter sido a tinta...