segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Calado

Preciso é, às vezes, calar pra não sofrer
Esconder no tremor de pernas o que se queria dizer
Mesmo com danos, mesmo que se dane e dobre
A língua, os dedos e a boca.

Às vezes, é preciso jogar fora.
Com os olhos saudosos e tristonhos
O que ainda se quer
Na paisagem desenhada.

Doar-se, mesmo que doa.
Doer, mesmo que doire,
Domar mesmo que dure.

Ou que endoide, que diga
No dolo de um domingo
As verdades violentas
que te fazem calar...

3 comentários:

[ rod ] ® disse...

Por pior que seja pensar e dizer, amar pode ser calar, esquecer e ir embora. Forte, mas real!

Abs meu caro.

Steres disse...

Calar é mto angustiante.

Cláudio B. Carlos disse...

Calar é necessário.