Protagonismo.
Não há ninguém que participe, minimamente, do ambiente político que não entenda
o real significado dessa palavra. Ser protagonista de um projeto político é
tarefa árdua, principalmente para os jovens socialistas. Lutar pela hegemonia
política necessária para implementar as transformações de que o nosso país
precisa passa por uma série de fatores que exigem uma dedicação, disciplina e
formulação muitas vezes cansativas, mas instigantes. Ser protagonista no campo
das ideias, na disputa democrática e entre os movimentos sociais é uma
conquista, um objetivo permanente e, não raramente, exercitado pelos estudantes
brasileiros.
A UNE,
dirigida pelos socialistas, para conquistar o protagonismo, sempre esteve na
vanguarda daquilo que é estratégico para a construção de um Brasil cada vez
mais forte e soberano. Os estudantes brasileiros sempre se negaram às posturas
corporativistas e estreitas; muito pelo contrário, o interesse dos estudantes é
interesse da nação. Não obstante, a UNE protagonizou, por exemplo, a criação da
Petrobrás, exigiu, formulou e mobilizou para que o petróleo fosse nosso. Hoje,
o Brasil está entre um dos maiores produtores de petróleo do mundo e, com a
produção do pré-sal e outras políticas de crescimento econômico, alavancado a
6ª maior economia do mundo. Vitória dos estudantes. Através da UNE e da UBES
protagonizamos a resistência à repressão do Regime Militar, derramando sangue e
tendo muitos de nossos companheiros assassinados; protagonizamos a derrubada de
um presidente corrupto, lutamos contra o neo-liberalismo e protagonizamos a
construção de um país diferente do que outrora tivemos – complexo, mas de
imensas possibilidades - . O símbolo da UNE é o Brasil!
Para Gramsci e
Lênin, a sociedade é um todo orgânico e unitário que se explica a partir da
base econômica, mas que não pode ser reduzida inteiramente a ela, pois para tal
redução implicaria a negação da ação política e da própria hegemonia. Lênin já
afirmava que cabe aos comunistas intervir em todos os momentos da vida social e
política e movimentar-se em todas as camadas da população. Ou seja: forte como
uma rocha nas ideias e fluido como água na penetração. É por isso que atuamos
entre jovens cientistas, negros, mullheres, LGBT’s etc. Bandeiras que, entre os
socialistas, são partes de um objetivo muito maior.
E antes que
sejamos questionados pelos saudosistas, é gratificantes sentir o protagonismo
sendo exercitado, ainda hoje, num ambiente político muito mais favorável. A
UNE, junto com a UBES e ANPG, tem protagonizado lutas que farão diferenças
profundas no Brasil, a curto, médio e longo prazo na dura caminhada por esse
país soberano. O ano de 2012 foi um ano de intensa mobilização por recursos
condizentes com o desafio que é radicalizar na melhoria da educação.
Capitaneado pelos estudantes, hoje, todo o país conhece e concorda com a
bandeira por 10% do PIB para a educação; hoje, o país reconhece a liderança da
UNE a importância de termos os royalties do petróleo para a educação. Por uma
Universidade para todos e de qualidade, por escolas públicas equipadas e bem
preparadas, por salário digno aos professores, por currículos que atendam às
reais necessidades do povo brasileiro.
Organizar um
Conselho Nacional de Entidades de Base, um Encontro Nacional de Grêmios e uma
Bienal no nosso estado faz parte desse árduo trabalho de luta pelo protagonismo
e, em consequência, pela hegemonia. Serão milhares de grêmios estudantis,
diretórios acadêmicos e estudantes de todo o país discutindo transformações que
atingirão a totalidade de nossa população. Debatendo e afirmando que a
Universidade precisa de uma Reforma que garanta qualidade, acesso e permanência
para todos os estudantes. Além disso, nosso exército estará armado em várias
outras trincheiras, debatendo cultura, ciências, esportes. Olinda e Recife, que
hoje vivem momentos de otimismo e grandes expectativas, terão grande
oportunidade de serem sedes de um momento histórico, mais uma vez protagonizado
por nós, jovens socialistas.
Vamos à luta!