A última pesquisa divulgada pelo DataFolha que demonstra mais uma queda no índice de popularidade da Presidenta Dilma, tendo como índice de rejeição a marcante taxa de 65%,chamam a atenção para a necessidade de as forças que comandam o país reverterem o quadro adverso, política e economicamente.
Do ponto de vista político, é condição sine qua non para a retomada das agendas positivas e enfrentamento da onda conservadora e reacionária que assola nosso país, construir um amplo leque de forças, uma unidade nacional que se reúna em torno da retomada do crescimento econômico, sem perda de direitos trabalhistas; a defesa da Petrobras e a engenharia nacional - duramente solapadas por aqueles que utilizam a Operação Lava Jato com outros interesses -; a defesa da democracia e o combate a corrupção. Contudo, no centro desse amplo espectro de forças, deve haver a liderança de um bloco de esquerda, que possa levar adiante bandeiras políticas, econômicas e sociais cujo eixo de desenvolvimento seja o bem estar da classe trabalhadora e daqueles que mais precisam. Nesse sentido, é amplamente positiva a possibilidade de reconstituição de um bloco de esquerda - dessa vez composto por PT, PCdoB e PSOL - batizado de 'Grupo Brasil'. O esfacelamento da antiga frente de esquerda, composta por PT, PSB, PDT e PCdoB, gera reflexos sentidos até hoje.
Outro movimento essencial é como alterar o pendor da balança, neutralizando os adversários que podem ser neutralizados, cooptando outros e isolando os demais. Nenhuma revolução - socialista, nacionalista ou burguesa - foi exitosa sem buscar no 'lado de lá' possíveis aliados. Nesse sentido, cabe avaliar o papel que os governadores e prefeitos cumprem para uma possível alteração na correlação de forças. Fazer Política com esses atores sociais é de suma importância.
Para se ter uma ideia, 18 governadores são de partidos da base aliada do Governo; além dos governadores nordestinos do PSB. Cabe, portanto, numa política de investimentos, que troque dívidas por investimentos, projetos em infraestrutura etc., a tentativa de tê-los como aliados - temporários ou não - numa tentativa de recuperação da economia.
No entanto, do ponto de vista econômico embora sejam importantes as mais recentes iniciativas econômicas do Governo, como apontadas na última resolução da Comissão Política do PCdoB (Minha Casa, Minha Vida 3; incremento no Plano Safra; plano de exportações etc), é prejudicial a política de juros adotada, contribuindo para a vitória dos setores rentistas e especuladores.
Dessa forma, se entendemos que a correlação de forças, desfavorável após as eleições gerais de 2014, contribuem para o retrocesso das conquistas sociais obtidas na última década, precisamos entender, também, que deve ser feito um esforço hercúleo no sentido de inverter o lado para o qual pendem as medidas de ajustes promovidos até então. Do lado de cá, trabalhadores, movimentos sociais e todos aqueles que lutam por um país soberano. Juntar as forças e unir o Brasil em torno das agendas positivas exigem operações políticas complexas que ajudem a fazer as forças progressistas do nosso país reagirem à ofensiva imperialista, representada pelo PIG, por Eduardo Cunha, Aécio Neves e tantos outros que lutam para entregar nosso país às forças exógenas.
Não há meio termo: ou se reage ou se rasteja. Eu e o povo brasileiro preferimos reagir.
Vamos à luta!