Aos que fiz chorar, estendo minhas mãos
com a hipocrisia que me posso ser
passos atrás que nunca virão
gestos míopes que não apagam o sofrer
Estou aqui, resignado, no apagar das luzes
a pagar o pecado
apagar o estado
que fazemos nós
Nós, que sempre tão fortes
cantamos a sorte
da ode ao que se fode
Nós, que tão resolutos
gritamos a praga
que seriam nossas vidas
E de Cristo fazemos ao outros
oferecendo a outra face
e perdoando setenta vezes sete
Pois mesmo que peque
está oferecido o reino da terra
onde aqui se faz e se paga
e a consciência não deixa dormir
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