quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Elas existem?

A vida, a ficção, a Literatura são extremamente interessantes e semelhantes. Mesmo sendo algo realmente clichê, eu fico pensando naquela velha máxima "a arte imita a vida" ou "a vida imita a arte".

No último domingo tivemos a badalada premiação do Oscar; desta vez sem muito brilho, ou na verdade sem muito conhecimento deste que vos escreve. Daí me vem a lembrança do bom e VELHO cinema: o mocinho, que ama a mocinha, que foi presa pelo bandido...

E é sobre esse bandido que eu gostaria de falar. Há um tempo, no cimema ou na Literatura, os bandidos eram aqueles seres planos, malvados ao extremo, com "olho de vidro e cara de mau". Faziam coisas que até o diabo tinha inveja... Mas aí todo mundo pensava: "Ah, esse tipo de coisa só existe em filme mesmo".

Pode até ser, que algumas coisas só acontecessem. Mas se é verdade que a arte imita a vida, ou a vida imita arte, uma tá imitando a outra muito direitinho...

No cinema, os vilões estão com um "quê" a mais de vida real( eles sofrem, se apaixonam, choram... ) , em certos filmes a gente até torce pelo vilão. Há uma aproximação salutar do homem imaginário do cinema, e do homem real. Só que esse caminho é de mão dupla. Se por um lado acreditamos que os vilões de cinema estão cada vez mais "humanos", os seres humanos, por sua vez, estão ficando cada vez mais cinematográficos. Seja pelo lado bonzinho advindo de programas como Big Brother, que prezam por imagens de bons moços e de boas garotas; seja por pessoas do mundo real, vilões da vida diária.

Eu acredito qu Bush's, Bin Laden's, Saddam's foram personagens tirado de alguma história fictícia e materializados em forma de gente. Acredito que aqueles policiais que mataram a criança de 13 anos aqui em Recife, fazem parte do mesmo grupo. É, porque nós quando lembramos de vilões da vida real, lembramos logo dos grandes chefes de Estado e homens de altos cargos. Mas há, no nosso cotidiano vigarices e vilanices dignas de um Oscar.

Alías, o Oscar tá mudando. O cinema tá mudando...A maldade é hermafrodita.

É por essas e outras que, às vezes, antes de dormir eu tenho compaixão pelo Hannibal...
Aquilo sim era um vilão de verdade...

4 comentários:

tuko disse...

A arte imita a vida.

Nilson Vellazquez disse...

Errata:

O local onde os policiais mataram o menino não foi Olinda, foi o bairro do Cordeiro. Aqui em Recife, mesmo.

Anônimo disse...

Acredito k a arte imitou , mas hoje, elas se completam. arte e vida numa simbiose sem fim.Naum sei o k seria do mundo se naum tivesse a ficçção .

Aline disse...

a arte imita a vida que imita arte que imita a vida e nunca para.

e concordo com tudo que tu falou sobre a dualidade humana. somos mocinhos e vilões sempre. ora um, ora outro. no cinema temos a chance de nos ver nessas nuances, explorá-las e reprimi-las, ou simplesmente, entendê-las...