Eu caí.
Como em diversos momentos da minha vida, caí.
Caí na sensação mais gostosa que é deixar o vento tocar o rosto e arriscar-se ao frio na barriga.
Caí, como quem quisera voar.
Toda queda é voo, é queda livre.
Não um tropeço por nos empurrarem, não uma pedra no meio do caminho.
Queda.
Caí por acreditar que tua mão estava ali, na queda junto a mim,
ou cá embaixo para me levantar e curar-me as feridas,
agasalhar-me e trocarmos o calor dos dias em que caímos juntos e nos levantamos.
A música não é a mesma.
Embalam-me os sonhos de uma nova aurora, guiada pela luz que vem de nome desconhecido.
Duelam os que têm fome de viver, nessa eterna mania de ter razão.
Por isso, caí.
Imperfeito que sou, reconheço a minha impossibilidade de levantar,
sem que seja por tuas mãos e braços a me carregar.
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