quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Voto em Dilma



Recentemente, amigos do trabalho me perguntaram em quem votar. Perguntei se teriam tempo para ouvir, pois não iria pedir voto de torcida. Nossa conversa precisou ser interrompida, mas vai aí o que diria a eles e qualquer um:

É muito comum, recentemente, ouvirmos principalmente, antes de Eduardo e agora de Marina, que "é preciso acabar com a polarização entre PSDB e PT que existe há 20 anos". Pois bem, deixa eu contar um segredo: ela não existe há 20, existe há 514 anos. Vamos contar uma história:

São 514 anos de formação de um povo e um país, cujas elites, que vieram aqui, levaram o pau-brasil, o ouro, a cana etc. comandaram em, pelo menos 500 anos de nossa história.

O eixo de qualquer ciclo de desenvolvimento pelo qual o Brasil passou sempre foi a alimentação de elites estrangeiras, já que por muito tempo nem elite nacional nós tínhamos. Benefícios e avanços básicos, como estudar, eram privilégios de poucos. Num país em que a escravidão foi motor da economia, ainda foi retirado qualquer direito a 40% da população.

Transformações lentas

E assim foi por muito tempo: todas  as melhorias civilizacionais foram alvo de disputa entre aqueles que lutaram por direitos básicos e aqueles que enviavam seus filhos a Lisboa para estudarem. É a tão reclamada "polarização".

O problema é que esses, os de Lisboa, nunca deixaram certos avanços acontecerem plenamente. Para acabar com a escravidão, precisou-se deixar os libertos ao relento, sem aprovar a reforma agrária; para dar a independência ao país precisamos deixar o filho do Rei de Portugal no poder; para proclamar a República precisamos colocar alguém que era a favor do império. A elite não iria deixar barato, e a história posterior mostraria que não iria mesmo!

Com a chegada da República, da democracia e do voto, um problema surgiu para os de Lisboa: "e se o povo tomar o poder?"; "façamos a revolução antes que o povo a faça". Era um problemão para as elites: "o que fariam os 40% de negros na hora de votar?" "O que fariam os miseráveis?"

Por isso, em pouco menos de um século, o Brasil viveu praticamente metade sob regimes autoritários. Era o medo que os de Lisboa tinham!

Nesse período, o Brasil só pôde colocar os que olharam para os de cá 3 vezes, três estadistas, apenas, comandaram o Brasil com os olhos virados para os brasileiros: o primeiro, Getúlio Vargas, mesmo com todas as suas contradições, foi quem criou a Petrobras, os direitos trabalhistas que a elite tanto combate, e melhorias para o povo mais pobre, além de criar a indústria nacional e colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento, a elite não sossegou, até que em 25/08 de 1954, conseguiram tirá-lo da cena e o fizeram suicidar-se. O segundo, João Goulart, pretendia instalar as reformas de base (da educação, saúde, agrária), e a elite, aqueles de Lisboa, mais uma vez reagiram e implementaram a Ditadura Militar.

Reconquistamos a democracia, mas os de lá nunca saíram do poder: a próxima etapa seria o neoliberalismo. Lisboa ficaria em Nova York, mais precisamente numa rua chamada Wall Street. Dessa vez a elite colocaria gente com verniz democrático: Collor, FHC...

Desnacionalizaram nossa economia, venderam tudo o que podiam e nenhum direito para o povo. Estava aberta oficialmente a polarização PTxPSDB, essa que acontece desde o início dessa história, só ganhou siglas.

Foi então, em 2002, que colocamos gente da gente, um operário, "analfabeto" dizia a elite, mas que colocou mais de 1 milhão de jovens nas universidades pelo PROUNI; tirou mais de 30 milhões de brasileiros da miséria, deu casa para o povo; criou escola técnica; mudou a cara desse país; deu comida na mesa do trabalhador; e o mais importante: dignidade.

Ele, Lula, e sua sucessora, Dilma, constituem a 3ª geração de estadistas do lado de cá, do lado do povo. Estes, a todo tempo são combatidos pelos de Lisboa, que estão na Globo, na Veja, no Itaú, na Natura, no PSDB, em Marina. Portanto, como sou povo, trabalhador, identifico-me e luto para que esse projeto vença. Não há outra via. No Brasil, ou você está do lado dos de Lisboa ou do lado do povo. Essa polarização chama-se luta de classes. E por acreditar num Brasil forte, soberano e dos trabalhadores, rumo a um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, voto Dilma!

#DilmaMudaMais
#RenovaEsperança
#DilmaCoraçãoValente

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