sexta-feira, 20 de novembro de 2015

É preciso ser do tamanho das nossas ideias!


Participar ativamente da luta política em um país como o Brasil exige de nós, comunistas, a certeza de que é preciso, mais do que ninguém, trabalhar. A luta revolucionária é um trabalho de várias mãos e mentes, cujo avanço vai depender sobremaneira das condições históricas, mas, sobretudo de uma justa postura tática e certeza da aplicação dessa tática mediante os desafios vividos.

As condições históricas para os brasileiros, certamente, não é das melhores. Afinal de contas, levando em consideração que ainda vivemos numa defensiva estratégica histórica do socialismo no mundo, e ainda, vivemos num país cujas ideias conservadoras dão o tom da nossa superestrutura política e ideológica, hoje mais do que nunca, precisamos fazer do trabalho revolucionário algo ainda mais ativo.

Esse trabalho, nas condições em que vivemos, passa necessariamente por conquistarmos mais pessoas para as nossas fileiras, incluindo os lutadores do povo das mais diferentes matizes – jovens, mulheres, negros, lgbt’s, operários, camponeses, intelectuais, cidadãos das pequenas, médias e grandes cidades – numa busca incessante pela conquista da hegemonia, exercitada  cotidianamente no seio do povo.

No ambiente atual que o Brasil vive, tem-se tornado cada vez mais consensual a ideia de que a crise gera oportunidade para as forças de esquerda mais responsáveis; no entanto, essa oportunidade não se dá de maneira mecanicista, automática; requer a dedicação à causa revolucionária nas suas mais diversas formas de acumulação de forças, mirando o crescimento partidário, numérica e qualitativamente. Soma-se ao esforço, a certeza de que, com unidade de ação, as chances de crescermos são motivadoras, visto que nossas ideias são as mais justas. Afinal de contas, não fosse o tamanho das nossas ideias, as classes dominantes teriam nos esmagado há muito tempo – como já tentaram diversas vezes em nossos 93 anos de história – mas resistimos e influenciamos a luta política, mesmo não tendo a força que precisamos ter, pois nossas ideias são grandes!

Dessa forma, na quadra política atual, precisamos mais do que de ideias grandes, precisamos ser grandes! Influenciar cada vez mais corações e mentes, enraizarmo-nos na vida do povo, a ponto de fundirmo-nos a ele. Ser grande, no estágio da luta de classes atual, não pode ser apenas uma vontade, mas uma necessidade; não só fazer parte dos discursos, mas da ação cotidiana, mesmo que para isso sejam necessárias flexões táticas, desconstrução de paradigmas e de dogmas que só privilegiam o estático.

Ser grande, nas condições de hoje, é saber dialogar com as mais diversas formas de se fazer luta política, ser grande é influenciar as ideias que circulam nos meios acadêmicos, midiáticos, sociais; ser grande é movimentar o povo para avançar em suas conquistas nas ruas; ser grande é ter força eleitoral e disputar os rumos de nosso país nos parlamentos e nos governos. Ser grande é manter a amplitude tática, a unidade partidária, em prol do sistema de justiça e abundância.

Por isso, fazer das nossas “pedras, noites e poemas” armas para enfrentar a real necessidade de crescer, combatendo os esquematismos e estreitezas que, porventura, nos cercam, é tarefa coletiva, urgente. Pois, para garantirmos a democracia, a diminuição das desigualdades, o desenvolvimento, a justiça e o bem comum da humanidade, precisamos ser grandes, precisamos ser do tamanho das nossas ideias!


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