Participar ativamente
da luta política em um país como o Brasil exige de nós, comunistas, a certeza
de que é preciso, mais do que ninguém, trabalhar. A luta revolucionária é um
trabalho de várias mãos e mentes, cujo avanço vai depender sobremaneira das condições
históricas, mas, sobretudo de uma justa postura tática e certeza da aplicação
dessa tática mediante os desafios vividos.
As condições históricas
para os brasileiros, certamente, não é das melhores. Afinal de contas, levando
em consideração que ainda vivemos numa defensiva estratégica histórica do
socialismo no mundo, e ainda, vivemos num país cujas ideias conservadoras dão o
tom da nossa superestrutura política e ideológica, hoje mais do que nunca,
precisamos fazer do trabalho revolucionário algo ainda mais ativo.
Esse trabalho, nas
condições em que vivemos, passa necessariamente por conquistarmos mais pessoas
para as nossas fileiras, incluindo os lutadores do povo das mais diferentes
matizes – jovens, mulheres, negros, lgbt’s, operários, camponeses, intelectuais,
cidadãos das pequenas, médias e grandes cidades – numa busca incessante pela
conquista da hegemonia, exercitada
cotidianamente no seio do povo.
No ambiente atual que o
Brasil vive, tem-se tornado cada vez mais consensual a ideia de que a crise
gera oportunidade para as forças de esquerda mais responsáveis; no entanto,
essa oportunidade não se dá de maneira mecanicista, automática; requer a dedicação
à causa revolucionária nas suas mais diversas formas de acumulação de forças,
mirando o crescimento partidário, numérica e qualitativamente. Soma-se ao
esforço, a certeza de que, com unidade de ação, as chances de crescermos são
motivadoras, visto que nossas ideias são as mais justas. Afinal de contas, não
fosse o tamanho das nossas ideias, as classes dominantes teriam nos esmagado há
muito tempo – como já tentaram diversas vezes em nossos 93 anos de história –
mas resistimos e influenciamos a luta política, mesmo não tendo a força que
precisamos ter, pois nossas ideias são grandes!
Dessa forma, na quadra
política atual, precisamos mais do que de ideias grandes, precisamos ser
grandes! Influenciar cada vez mais corações e mentes, enraizarmo-nos na vida do
povo, a ponto de fundirmo-nos a ele. Ser grande, no estágio da luta de classes
atual, não pode ser apenas uma vontade, mas uma necessidade; não só fazer parte
dos discursos, mas da ação cotidiana, mesmo que para isso sejam necessárias
flexões táticas, desconstrução de paradigmas e de dogmas que só privilegiam o
estático.
Ser grande, nas
condições de hoje, é saber dialogar com as mais diversas formas de se fazer
luta política, ser grande é influenciar as ideias que circulam nos meios
acadêmicos, midiáticos, sociais; ser grande é movimentar o povo para avançar em
suas conquistas nas ruas; ser grande é ter força eleitoral e disputar os rumos
de nosso país nos parlamentos e nos governos. Ser grande é manter a amplitude
tática, a unidade partidária, em prol do sistema de justiça e abundância.
Por isso, fazer das
nossas “pedras, noites e poemas” armas para enfrentar a real necessidade de
crescer, combatendo os esquematismos e estreitezas que, porventura, nos cercam,
é tarefa coletiva, urgente. Pois, para garantirmos a democracia, a diminuição
das desigualdades, o desenvolvimento, a justiça e o bem comum da humanidade,
precisamos ser grandes, precisamos ser do tamanho das nossas ideias!
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