Tenho overdose de veracidade
quando paro pra
ver a cidade...
domingo, 8 de agosto de 2010
Aos Meus Amigos
Do nosso lado só cabe mais um copo
Jogando a canção que sempre sobra
Da fumaça que rola
e da massa que passa...
Do nosso lado só cabe mais alguma companhia
Que traga o rosto de olhos fechados
e feche o punho como num abraço
No nosso abraço só cabe a felicidade
que a nossa cidade é capaz de tragar
Seja em Timbaúba ou em Recife
Não existe mais tempo que resiste
à amizade que outro trará
Jogando a canção que sempre sobra
Da fumaça que rola
e da massa que passa...
Do nosso lado só cabe mais alguma companhia
Que traga o rosto de olhos fechados
e feche o punho como num abraço
No nosso abraço só cabe a felicidade
que a nossa cidade é capaz de tragar
Seja em Timbaúba ou em Recife
Não existe mais tempo que resiste
à amizade que outro trará
domingo, 6 de junho de 2010
Mestres
Nesses últimos dias tive uma overdose dos Beatles. Num tempo em que vivemos cercados por "Cine" e outras bandas emos por aí, faz um bem danado aos ouvidos e ao coração ouvi os mestres da história do rock. Escutar músicas como "Get Back", "Don't Let me Down", "Across the Universe", "Let it Be" e "Eleanor Rigby" faz, com certeza, o coração bater mais forte e ter saudades de um tempo que a gente não viveu.
E não faço uma ode infundada aos Beatles, que, inclusive, tiveram seus momentos "boy band" também. Com as garotas enlouquecidas gritando por John, Paul, George e Ringo. Mas é que a música sempre falou mais alto. A música falava mais alto quando eles cantavam "Help!" e a música continuou falando mais alto quando eles foram se drogar pra compor o "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band"; ainda assim, a música falava mais alto.
Não há como o roqueiro mais doido do mundo não vibrar ao ouvir a levada de uma "Helter Skelter", por exemplo. Emoção, pegada, guitarra, baixo e bateria; como nos pede um bom rock'n' roll.
O homem viverá, por muitos anos, buscando a imortalidade. Os Beatles já conseguiram há muito tempo. Viverão para sempre marcados na eternidade. Pois, para eles, a música sempre falou mais alto.
Vida longa à boa música!
E não faço uma ode infundada aos Beatles, que, inclusive, tiveram seus momentos "boy band" também. Com as garotas enlouquecidas gritando por John, Paul, George e Ringo. Mas é que a música sempre falou mais alto. A música falava mais alto quando eles cantavam "Help!" e a música continuou falando mais alto quando eles foram se drogar pra compor o "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band"; ainda assim, a música falava mais alto.
Não há como o roqueiro mais doido do mundo não vibrar ao ouvir a levada de uma "Helter Skelter", por exemplo. Emoção, pegada, guitarra, baixo e bateria; como nos pede um bom rock'n' roll.
O homem viverá, por muitos anos, buscando a imortalidade. Os Beatles já conseguiram há muito tempo. Viverão para sempre marcados na eternidade. Pois, para eles, a música sempre falou mais alto.
Vida longa à boa música!
domingo, 30 de maio de 2010
Coragem
Falta um pouco de coragem
quando a cor do rosto falta
e o abraço apertado
poderia virar beijo...
quando a cor do rosto falta
e o abraço apertado
poderia virar beijo...
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Tu Acha que é Fácil?
- Cê acha que é fácil, seu filho da puta? O corpo à mostra, as mãos deslizando, os cinco minutos na mesa de um, os 20 minutos na mesa do outro, negociando o que seria de poucos e não posso negar? E Nossa Senhora me olhando, e os irmãos rezando...
- Tu acha que é fácil, homem imundo? A maquiagem feita na pressa, a minha vergonha tão descoberta, as conversas feitas sem que me peça, nem que me fale um "por favor". E Nossa Senhora me olhando, e os irmãos rezando.
- Vocês acham que é fácil o tanto de dedos, a chupada no seio e as mãos a vagar? Vocês acham que é fácil a contagem do tempo, esperando o momento de tudo acabar? Olhar pra janela depois da minha trégua, e ver que Nossa Senhora está me olhando, e os irmãos estão rezando...
-Tu acha que é fácil, depois de um banho, lavando o suor, dizer que existe nosso Salvador? Tu acha que é fácil falar em Deus depois de um ateu me comer de quatro? Tu acha que é fácil não poder ter aquilo que vêm procurar , só poder dar e não receber? Tu acha que é fácil, fazer tudo isso, não poder voltar, esperar mais um dia pra poder falar, que Nossa Senhora está a me olhar e que os irmãos estão a rezar...
- Tu acha que é fácil, homem imundo? A maquiagem feita na pressa, a minha vergonha tão descoberta, as conversas feitas sem que me peça, nem que me fale um "por favor". E Nossa Senhora me olhando, e os irmãos rezando.
- Vocês acham que é fácil o tanto de dedos, a chupada no seio e as mãos a vagar? Vocês acham que é fácil a contagem do tempo, esperando o momento de tudo acabar? Olhar pra janela depois da minha trégua, e ver que Nossa Senhora está me olhando, e os irmãos estão rezando...
-Tu acha que é fácil, depois de um banho, lavando o suor, dizer que existe nosso Salvador? Tu acha que é fácil falar em Deus depois de um ateu me comer de quatro? Tu acha que é fácil não poder ter aquilo que vêm procurar , só poder dar e não receber? Tu acha que é fácil, fazer tudo isso, não poder voltar, esperar mais um dia pra poder falar, que Nossa Senhora está a me olhar e que os irmãos estão a rezar...
domingo, 2 de maio de 2010
Canção Para Mudar - Devotos
As vezes grito,
Mesmo assim não escuto!
Ás vezes canto,
Pra ver se mudo!
Indignado o povo não acredita
No poder
O que fazer, fazer o quê?
Continuo vivendo com
Esperança,
Revolta sem medo de vingança
Talvez por ter acreditado em
Você
O que fazer, fazer o quê?
Esperança temos sim!
Acomodação jamais!
O canto não tem fim!
A revolta pode ser de paz
1º de Maio
E não é que quanto mais as coisas parecem comuns, mais elas me surpreendem? Ontem foi 1º de maio: comemorações, reivindicações, lembranças.
De um lado os trabalhadores que pedem melhoria nas condições de trabalho, que pedem a redução da jornada de trabalhos de 44 horas para 40 horas semanais, de outro o 'exército reserva' daqueles que fariam quase qualquer coisa para trabalhar essas 44 horas semanais, para ter esse tão miserável salário mínimo, para poder dizer-se "empregado".
E se falamos da redução da jornada de trabalho, nada mais justo fazer uma reflexão: os partidos de esquerda, através dos sindicatos que dirigem, vêm pedindo a redução da jornada de trabalho, mas é preciso dar o exemplo. não é? O PSB aqui em Pernambuco mesmo, bem que poderia reduzir a jornada de trabalho dos funcionários das secretarias executivas do estado, não é verdade? Não dá para um funcionário dessas secretarias trabalharem 12h por dia, num regime de produtividade incessante, quão empresa privada. É preciso dar o exemplo!
Uma outra reflexão que eu gostaria de fazer é sobre um lance que eu vi nessa semana: uma ex-professora minha, da UPE, tá vendendo produtos Natura, e ela bota em seu orkut: "Serei sua consultora Natura", além das fotos dos maravilhosos perfumes, sabonetes e cremes para cabelo. Nada contra os que vendem os produtos Natura. Mas esse fato me fez pensar sobre a condição dos professores, mais uma vez. E agora justifico a primeira frase dessa minha postagem: "E não é que quanto mais as coisas parecem comuns, mais elas me surpreendem?" - É que não é novidade pra ninguém que professor ganha mal, que a profissão precisa ser valorizada e que não dá mais para acreditar num desenvolvimento da nação, se os serviços básicos do Estado, qual a educação sejam reduzidos. E isso passa por uma valorização do profissional da educação, para que ele não precise vender produtos "Natura" para poder melhorar sua renda.
Enquanto isso, do alto de minha cadeira, ainda espero uma oportunidade de emprego, para sair do exército reserva, ser mais um que ganha mal na educação e, quem sabe, vender produtos Natura também.
De um lado os trabalhadores que pedem melhoria nas condições de trabalho, que pedem a redução da jornada de trabalhos de 44 horas para 40 horas semanais, de outro o 'exército reserva' daqueles que fariam quase qualquer coisa para trabalhar essas 44 horas semanais, para ter esse tão miserável salário mínimo, para poder dizer-se "empregado".
E se falamos da redução da jornada de trabalho, nada mais justo fazer uma reflexão: os partidos de esquerda, através dos sindicatos que dirigem, vêm pedindo a redução da jornada de trabalho, mas é preciso dar o exemplo. não é? O PSB aqui em Pernambuco mesmo, bem que poderia reduzir a jornada de trabalho dos funcionários das secretarias executivas do estado, não é verdade? Não dá para um funcionário dessas secretarias trabalharem 12h por dia, num regime de produtividade incessante, quão empresa privada. É preciso dar o exemplo!
Uma outra reflexão que eu gostaria de fazer é sobre um lance que eu vi nessa semana: uma ex-professora minha, da UPE, tá vendendo produtos Natura, e ela bota em seu orkut: "Serei sua consultora Natura", além das fotos dos maravilhosos perfumes, sabonetes e cremes para cabelo. Nada contra os que vendem os produtos Natura. Mas esse fato me fez pensar sobre a condição dos professores, mais uma vez. E agora justifico a primeira frase dessa minha postagem: "E não é que quanto mais as coisas parecem comuns, mais elas me surpreendem?" - É que não é novidade pra ninguém que professor ganha mal, que a profissão precisa ser valorizada e que não dá mais para acreditar num desenvolvimento da nação, se os serviços básicos do Estado, qual a educação sejam reduzidos. E isso passa por uma valorização do profissional da educação, para que ele não precise vender produtos "Natura" para poder melhorar sua renda.
Enquanto isso, do alto de minha cadeira, ainda espero uma oportunidade de emprego, para sair do exército reserva, ser mais um que ganha mal na educação e, quem sabe, vender produtos Natura também.
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