Finalmente a Overdose Homeopática conseguiu gravar as duas músicas que estávamos gravando. O processo foi longo, mas pelo que eu vi, recompensador. Portanto, aguardem, em breve. Essas músicas no myspace.
Mas não deixem de visitar, que têm duas músicas lá:
www.myspace.com/overdosehomeopatica
essa música letra aí nem tem música ainda. Mas eu gosto dela...
SOS(Nilson Vellazquez)
São sábios sanguessugas que estão a sugar
A sangria cidadã de quem só faz trabalhar
São seres que rastejam em frente a um sinal
São sobras de um sistema um tanto quanto desigual
Sumiram as esperanças de um sábado feliz
Sumiram as esperanças de viver nesse país
Esperando um salário para se poder manter
Vivendo uma vida sem saber o que vai ser
O salvador que ainda aguardam até agora não chegou
Enquanto isso o povo sangra sem poder nem sentir dor
Mas eles têm que manter o corpo forte e a mente sã
“Sãos” Josés São joãos lutando a cada manhã
que show é esse que me obrigam a assistir
Que dor é essa que eu não posso nem sentir
Que solidão que eu sinto aqui nessa prisão
Só pra ganhar status de um cidadão
E pintam na tv um mundo lindo e azul
O mal que se criou se estende do norte ao sul
Não existe super-homem pra poder nos ajudar
São sagrados santos-homens a sofrer neste lugar
Sanguinários presidentes anunciam mais um plano
São sentenças pra acabar com a vida do ser humano
Não adianta mais sonhar com um futuro melhor
Só nos resta esperar que tudo um dia vire pó.
segunda-feira, 31 de março de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
Imagem e semelhança
Dia desses, vendo TV, deparei-me com uma matérica curiosa: O "baianês" - como falar quando você vier à Bahia. Interessante! Essas matérias pretendem ser engraçadas, curiosas, e mesmo não pretendendo, preconceituosas.
Estudando Teorias Lingüísticas, aprendi muito sobre a questão das variações lingüísticas, de acordo com idade, sexo, espaço geográfico e por aí vai.
Mas a matéria não se detia a isso. Ela falava coisas do tipo: "ah, o baiano não liga pra nada"; "a gente é relaxado"; "tendo uma rede a gente se entende". E isso realmente não me agradou. Os rótulos, são criados de forma caricaturesca, e são aceitos. É, são aceitos. Isso é o mais degradante: o cidadão local aceitar certos tipos de rótulos.
No Brasil, em quase todos os estados, fala-se que o baiano é preguiçoso, que ele não quer nada com a vida... Que os outros que não conhecem falem, até é compreensível, mas o que não me desce é o próprio baiano aceitar esse rótulo e contribuir para essa imagem.
Lá fora, vêem o Brasil pelo mesmo par de óculos. Já os Ingleses, são vistos com os pontuais, os trabalhadores. E daí falamos o mesmo dos japoneses, dos americanos. "Ah, mas brasileiro é vagabundo".
Interessante é que quem tá "por cima", adora criar rótulos de quem está "por baixo". Será que vai ser sempre assim?
Eu já fui rotulado de "tabacudo", de "chato", de "doido", de "burro" e de "inteligente". Recebo esses rótulos amasso e os jogo no lixo. Enquanto isso, ficamos à espera de mais alguém pra rotular e ser rotulado. Alguém também que não aceite.
Quem vai ser o próximo?
Estudando Teorias Lingüísticas, aprendi muito sobre a questão das variações lingüísticas, de acordo com idade, sexo, espaço geográfico e por aí vai.
Mas a matéria não se detia a isso. Ela falava coisas do tipo: "ah, o baiano não liga pra nada"; "a gente é relaxado"; "tendo uma rede a gente se entende". E isso realmente não me agradou. Os rótulos, são criados de forma caricaturesca, e são aceitos. É, são aceitos. Isso é o mais degradante: o cidadão local aceitar certos tipos de rótulos.
No Brasil, em quase todos os estados, fala-se que o baiano é preguiçoso, que ele não quer nada com a vida... Que os outros que não conhecem falem, até é compreensível, mas o que não me desce é o próprio baiano aceitar esse rótulo e contribuir para essa imagem.
Lá fora, vêem o Brasil pelo mesmo par de óculos. Já os Ingleses, são vistos com os pontuais, os trabalhadores. E daí falamos o mesmo dos japoneses, dos americanos. "Ah, mas brasileiro é vagabundo".
Interessante é que quem tá "por cima", adora criar rótulos de quem está "por baixo". Será que vai ser sempre assim?
Eu já fui rotulado de "tabacudo", de "chato", de "doido", de "burro" e de "inteligente". Recebo esses rótulos amasso e os jogo no lixo. Enquanto isso, ficamos à espera de mais alguém pra rotular e ser rotulado. Alguém também que não aceite.
Quem vai ser o próximo?
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Elas existem?
A vida, a ficção, a Literatura são extremamente interessantes e semelhantes. Mesmo sendo algo realmente clichê, eu fico pensando naquela velha máxima "a arte imita a vida" ou "a vida imita a arte".
No último domingo tivemos a badalada premiação do Oscar; desta vez sem muito brilho, ou na verdade sem muito conhecimento deste que vos escreve. Daí me vem a lembrança do bom e VELHO cinema: o mocinho, que ama a mocinha, que foi presa pelo bandido...
E é sobre esse bandido que eu gostaria de falar. Há um tempo, no cimema ou na Literatura, os bandidos eram aqueles seres planos, malvados ao extremo, com "olho de vidro e cara de mau". Faziam coisas que até o diabo tinha inveja... Mas aí todo mundo pensava: "Ah, esse tipo de coisa só existe em filme mesmo".
Pode até ser, que algumas coisas só acontecessem. Mas se é verdade que a arte imita a vida, ou a vida imita arte, uma tá imitando a outra muito direitinho...
No cinema, os vilões estão com um "quê" a mais de vida real( eles sofrem, se apaixonam, choram... ) , em certos filmes a gente até torce pelo vilão. Há uma aproximação salutar do homem imaginário do cinema, e do homem real. Só que esse caminho é de mão dupla. Se por um lado acreditamos que os vilões de cinema estão cada vez mais "humanos", os seres humanos, por sua vez, estão ficando cada vez mais cinematográficos. Seja pelo lado bonzinho advindo de programas como Big Brother, que prezam por imagens de bons moços e de boas garotas; seja por pessoas do mundo real, vilões da vida diária.
Eu acredito qu Bush's, Bin Laden's, Saddam's foram personagens tirado de alguma história fictícia e materializados em forma de gente. Acredito que aqueles policiais que mataram a criança de 13 anos aqui em Recife, fazem parte do mesmo grupo. É, porque nós quando lembramos de vilões da vida real, lembramos logo dos grandes chefes de Estado e homens de altos cargos. Mas há, no nosso cotidiano vigarices e vilanices dignas de um Oscar.
Alías, o Oscar tá mudando. O cinema tá mudando...A maldade é hermafrodita.
É por essas e outras que, às vezes, antes de dormir eu tenho compaixão pelo Hannibal...
Aquilo sim era um vilão de verdade...
No último domingo tivemos a badalada premiação do Oscar; desta vez sem muito brilho, ou na verdade sem muito conhecimento deste que vos escreve. Daí me vem a lembrança do bom e VELHO cinema: o mocinho, que ama a mocinha, que foi presa pelo bandido...
E é sobre esse bandido que eu gostaria de falar. Há um tempo, no cimema ou na Literatura, os bandidos eram aqueles seres planos, malvados ao extremo, com "olho de vidro e cara de mau". Faziam coisas que até o diabo tinha inveja... Mas aí todo mundo pensava: "Ah, esse tipo de coisa só existe em filme mesmo".
Pode até ser, que algumas coisas só acontecessem. Mas se é verdade que a arte imita a vida, ou a vida imita arte, uma tá imitando a outra muito direitinho...
No cinema, os vilões estão com um "quê" a mais de vida real( eles sofrem, se apaixonam, choram... ) , em certos filmes a gente até torce pelo vilão. Há uma aproximação salutar do homem imaginário do cinema, e do homem real. Só que esse caminho é de mão dupla. Se por um lado acreditamos que os vilões de cinema estão cada vez mais "humanos", os seres humanos, por sua vez, estão ficando cada vez mais cinematográficos. Seja pelo lado bonzinho advindo de programas como Big Brother, que prezam por imagens de bons moços e de boas garotas; seja por pessoas do mundo real, vilões da vida diária.
Eu acredito qu Bush's, Bin Laden's, Saddam's foram personagens tirado de alguma história fictícia e materializados em forma de gente. Acredito que aqueles policiais que mataram a criança de 13 anos aqui em Recife, fazem parte do mesmo grupo. É, porque nós quando lembramos de vilões da vida real, lembramos logo dos grandes chefes de Estado e homens de altos cargos. Mas há, no nosso cotidiano vigarices e vilanices dignas de um Oscar.
Alías, o Oscar tá mudando. O cinema tá mudando...A maldade é hermafrodita.
É por essas e outras que, às vezes, antes de dormir eu tenho compaixão pelo Hannibal...
Aquilo sim era um vilão de verdade...
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Quem é você?
Venha ver o mundo
venha ver o céu
simples e absurdo
como num papel
tire seus sapatos
chame-a pra dançar
sem ligar pros atos
que te fazem parar...
vai lá ser dele
segure suas mãos
diga não a tantos "nãos"
vista aquela sua roupa
mais um dia pra fingir
dizer que não está mais nem aqui
acreditar que não é só mais um trovão
que é chuva que vem pra iluminar a escuridão...
venha ver o céu
simples e absurdo
como num papel
tire seus sapatos
chame-a pra dançar
sem ligar pros atos
que te fazem parar...
vai lá ser dele
segure suas mãos
diga não a tantos "nãos"
vista aquela sua roupa
mais um dia pra fingir
dizer que não está mais nem aqui
acreditar que não é só mais um trovão
que é chuva que vem pra iluminar a escuridão...
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Passo a Passo...
Juro que tentei!
Juro que tentei te dizer que eu estava ali perdida, só.
Nos espaços entre minhas mãos, vi a minha chance de dar um fim àquilo. Consegui mais uma vez me aproximar de ti, mais uma vez um passo em direção ao teu abraço.
Apaguei a luz, causei aquele ruído que causa arrepios em qualquer um e deitei mais uma vez ao teu lado. Conseguia ver meu reflexo, obviamente distorcido, meus cabelos não eram mais aqueles da época em que fui miss do bairro em que morava, mas eu sabia que não era tão feia assim.
Você estava lá, dormindo. Eu o observava, seu corpo gordo e cheio de pelos me causou repulsa.
Há tempo que sentia aquilo, mas nunca te diria...
Foi então, que depois de muito pensar, fui até à cozinha, tomei um copo d'água e fui novamente a teu lado.
Acendi o abajour e comecei a ler o livro que tu me deste...
Juro que tentei te dizer que eu estava ali perdida, só.
Nos espaços entre minhas mãos, vi a minha chance de dar um fim àquilo. Consegui mais uma vez me aproximar de ti, mais uma vez um passo em direção ao teu abraço.
Apaguei a luz, causei aquele ruído que causa arrepios em qualquer um e deitei mais uma vez ao teu lado. Conseguia ver meu reflexo, obviamente distorcido, meus cabelos não eram mais aqueles da época em que fui miss do bairro em que morava, mas eu sabia que não era tão feia assim.
Você estava lá, dormindo. Eu o observava, seu corpo gordo e cheio de pelos me causou repulsa.
Há tempo que sentia aquilo, mas nunca te diria...
Foi então, que depois de muito pensar, fui até à cozinha, tomei um copo d'água e fui novamente a teu lado.
Acendi o abajour e comecei a ler o livro que tu me deste...
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Natural
Tive razão, posso falar...
Tropa de Elite, osso duro de roer
pega um pega geral, também vai pegar você
Preciso mais de ti, Senhor!!
Chupa, gostosinha, chupa gostosinha!
Meu amor, o que eu sinto é tão grande...
Se a passagem não baixar, o Recife vai parar
Se você soubesse me dizer, até onde vai a sua fé
Carnaval, futebol, não mata, não engorda e não faz mal...
Chicleteiro eu, chicleteria ela...
Pipocão é 50, pipocão é 50.
Pega na minha e balança!
É Vila Tamandaré?
Ah obrigado
EEEEI RAPÁ!! VAI DESCER
PORRRA!
Tropa de Elite, osso duro de roer
pega um pega geral, também vai pegar você
Preciso mais de ti, Senhor!!
Chupa, gostosinha, chupa gostosinha!
Meu amor, o que eu sinto é tão grande...
Se a passagem não baixar, o Recife vai parar
Se você soubesse me dizer, até onde vai a sua fé
Carnaval, futebol, não mata, não engorda e não faz mal...
Chicleteiro eu, chicleteria ela...
Pipocão é 50, pipocão é 50.
Pega na minha e balança!
É Vila Tamandaré?
Ah obrigado
EEEEI RAPÁ!! VAI DESCER
PORRRA!
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Canção Para Erasmo de Rotterdam
Se todos que os sãos chamam de loucos só porque agem um pouco
levando em conta a emoção
Se esses loucos não conseguem se calar ao ouvir alguém falar
que é o dono da razão
Sabedoria nunca foi o meu diploma
sou a Deusa do aroma que regula a paixão
Eu não sou surda eu respeito meus sentidos
o meu nome é loucura e estou aqui gritando isso
Vede o belo quadro desse animal que representa a sabedoria
vede o belo sábio a discursar em vão em falso tom de soberania 2X
Não há prazer sem qua haja a dor
não há ninguém para julgar quem é o nosso traidor
não existem mais as virgens de Mileto
existe sim a "mea-culpa" que me passam por inteiro
sou eu quem os mantém com um sonho em suas mente
ssou eu quem faço a vida
parecer que é mais contente
eu faço rir, e então bater o coração
eu sou doença que traz a cura...
- loucura que traz a razão
Mais uma letra minha...
levando em conta a emoção
Se esses loucos não conseguem se calar ao ouvir alguém falar
que é o dono da razão
Sabedoria nunca foi o meu diploma
sou a Deusa do aroma que regula a paixão
Eu não sou surda eu respeito meus sentidos
o meu nome é loucura e estou aqui gritando isso
Vede o belo quadro desse animal que representa a sabedoria
vede o belo sábio a discursar em vão em falso tom de soberania 2X
Não há prazer sem qua haja a dor
não há ninguém para julgar quem é o nosso traidor
não existem mais as virgens de Mileto
existe sim a "mea-culpa" que me passam por inteiro
sou eu quem os mantém com um sonho em suas mente
ssou eu quem faço a vida
parecer que é mais contente
eu faço rir, e então bater o coração
eu sou doença que traz a cura...
- loucura que traz a razão
Mais uma letra minha...
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