Era um sonho. Fazer aquela viagem, poder viajar de avião e comprar tudo que pudesse. Sua noiva não gostava da idéia de deixá-lo ir sozinho, sem companhias ou alguém para vigiá-lo. Não confiava nele, como naquele tempo em que sua filha nasceu.
Minutos antes da viagem, eles discutiram, disseram o que cada um deveria dizer durante todo o tempo em que estiveram juntos, mas nunca tiveram coragem; mas mesmo assim, antes de ir, Ele disse: "Te amo".
As palavras soaram estranhas aos ouvidos dela, uma miscelânea de amor, ódio e remorso invadiram seu coração, deixando-a sem reação. Sua única reação foi levar a mão ao rosto, esfregando a sua vergonha e o sangue agitado, e depois, indo se lavar na pia do banheiro. Não deu tempo de se despedir, a porta foi fechada, com grande estrondo.
Lá, Ele foi buscar seus contatos, foi atrás da realização de seus sonhos; o primeiro emprego no exterior, Ele era capaz, tinha feito o Doutorado em Ciências Sociais, falava cinco línguas e era bem relacionado. Ao começar o trabalho, tinha percebido que seria difícil, mas a tentativa de fazê-la feliz superava todos os problemas pelos quais Ele passava. Lutou com unhas e dentes para que se pudesse conquistar o sucesso lá.
Um ano se passou, e foram poucas as ligações entre Ele e Ela, quase todas recheadas de acusações de traição e de desprezo, e Ele se escondia, para chorar copiosamente.
Mais meio ano se passou, e Ela recebe a notícia: nunca mais estarão. Junto com a noticia, todos seus pertences, documentos e roupas, e um único sinal de bens materiais: a chave de uma casa. Ela, finalmente, conseguiu viajar para vê-lo, consegui, também viajar de avião. Usou a chave que recebera para abrir o imóvel, era lindo, bem estruturado. Entrando, só foi possível ver duas coisas: um quadro com diversas fotos dos dois e uma carta não acabada em cima da mesa de canto:
"Finalmente meus objetivos aqui foram cumpridos, consegui comprar a casa que você tanto sonhava, mandarei a passagem para que você venha morar comigo..."
Não conseguiu ler mais, e lá, sonhou mais uma vez...
Minutos antes da viagem, eles discutiram, disseram o que cada um deveria dizer durante todo o tempo em que estiveram juntos, mas nunca tiveram coragem; mas mesmo assim, antes de ir, Ele disse: "Te amo".
As palavras soaram estranhas aos ouvidos dela, uma miscelânea de amor, ódio e remorso invadiram seu coração, deixando-a sem reação. Sua única reação foi levar a mão ao rosto, esfregando a sua vergonha e o sangue agitado, e depois, indo se lavar na pia do banheiro. Não deu tempo de se despedir, a porta foi fechada, com grande estrondo.
Lá, Ele foi buscar seus contatos, foi atrás da realização de seus sonhos; o primeiro emprego no exterior, Ele era capaz, tinha feito o Doutorado em Ciências Sociais, falava cinco línguas e era bem relacionado. Ao começar o trabalho, tinha percebido que seria difícil, mas a tentativa de fazê-la feliz superava todos os problemas pelos quais Ele passava. Lutou com unhas e dentes para que se pudesse conquistar o sucesso lá.
Um ano se passou, e foram poucas as ligações entre Ele e Ela, quase todas recheadas de acusações de traição e de desprezo, e Ele se escondia, para chorar copiosamente.
Mais meio ano se passou, e Ela recebe a notícia: nunca mais estarão. Junto com a noticia, todos seus pertences, documentos e roupas, e um único sinal de bens materiais: a chave de uma casa. Ela, finalmente, conseguiu viajar para vê-lo, consegui, também viajar de avião. Usou a chave que recebera para abrir o imóvel, era lindo, bem estruturado. Entrando, só foi possível ver duas coisas: um quadro com diversas fotos dos dois e uma carta não acabada em cima da mesa de canto:
"Finalmente meus objetivos aqui foram cumpridos, consegui comprar a casa que você tanto sonhava, mandarei a passagem para que você venha morar comigo..."
Não conseguiu ler mais, e lá, sonhou mais uma vez...
7 comentários:
Texto leve de se ler, mas impactante como poucos. Também gostei muito do seu blog, parabéns.
Está favoritado, como se diz.
ain que texto triste :~
Surpreendente...e bom demais!
Beijos
Isso foi epifânico, cara. Trágico e belo.
Uma alegoria de como o egoísmo e o materialismo podem fazer mal ao amor. Praticamente uma fábula socialista!
(sobre os marcadores... não tem nada demais. Verídico é o fato. Literário é o jeito que escolhi pra contar)
Nossa, bem impactante o seu texto.Me fez pensar em um monte de situações...muito bom mesmo, em poucas palavras prendeu o leitor! parabens!
rapah, gostei visse...
parabns
Consegue verbalizar mto bem o que pensa e sente.
Passei para uma visita e gostei do que li!
Bj
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