sábado, 29 de dezembro de 2012

Tempos


São tempos de photoshop, tempos de autotunes, tempos de inglês norte-americano. A verdade, essa que chega sem convite, mantenhamos do lado de lá. Afinal de contas, são tempos de distância.

São tempos de maquiagem, nos olhos, na boca e no espírito.

São tempos de dizer amor, e repito: tempos de dizer amor, não de fazer. São tempos dos poetas, das canções bonitas, nada mais.

São tempos de personas, tempos de tê-las ou não, tempos de persuasão. Afinal de contas, propaganda ainda é alma do negócio.

São tempos de negócios, tempos de gravatas e segredos comerciais. São tempos de termos de posse.
São tempos em que a palavra não nos pertence, são tempos em que tudo já foi dito, tempos de toga, que fazem, repetem e produzem discursos pertinentes.

São tempos que nos pertencem, são tempos de informação. Tempos que se renovam e que te dizem que vale a pena renovar a esperança por tempos de paz.

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