quinta-feira, 25 de abril de 2013

Paralisação Nacional dos Professores

Os últimos dias 23,24 e 25 de abril foram dias de intensa mobilização para os trabalhadores da educação por todo o país. Professores e professoras do Sistema Público de Ensino paralisaram suas atividades para reivindicar e cobrar a aplicação do Plano Nacional de Educação, especificamente o que tange ao financiamento da educação, com aplicação de 10% do PIB para a educação e 100% dos royalties do petróleo. Pautas que vem sendo defendidas pelo movimento educacional como um todo, envolvendo estudantes, professores e demais movimentos sociais em torno daquilo que se entende como estratégico para o desenvolvimento pleno da nação.

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a avaliação da paralisação é extremamente positiva, pois 22 estados aderiram à greve e realizaram atividades diversas em seus locais, tais como Audiências Públicas, atos de rua, palestras, seminários etc. Além disso, em Brasília, cerca de 500 professores(as) fizeram ato no Congresso Nacional, colocando a bandeira do financiamento da educação e cobrando a justa efetivação da Lei do Piso, que, em muitos municípios da Federação, ainda não vem sendo cumprida.

Em Pernambuco, mesmo sob ameaça de corte do ponto dos professores da Rede Estadual e de alguns municípios, várias foram as atividades promovidas pelos sindicatos e associações representantes dos profissionais de educação. No Recife, a Associação dos Auxiliares de Desenvolvimento Infantil do Recife - ASSADIR - promoveu seminário sobre educação com a participação do autor deste texto, lá, onde é intensa a luta pelo reconhecimento dos ADI's como profissionais pedagógicos, intervi com uma mini-palestra sobre as teorias da educação e o papel do educador, reforçando a necessidade da implantação de um Sistema Nacional de Educação e os saberes do professor. No município de Igarassu, do qual sou servidor, participei da Audiência Pública promovida pelo SINSPI - Sindicatos dos Servidores Públicos de Igarassu - a mesa da audiência ainda contou com a presença do Vereador Helmilton Beserra (PCdoB), Jader Silva (UMES), além da presença da CUT. Nessa audiência pudemos esclarecer, para os 100 professores presentes, a necessidade da luta por 10% do PIB para a educação e 100% dos royalties, visto que, as melhorias de que a educação necessita passam pela unidade do movimento educacional em torno de um financiamento digno para implementação das políticas que visem a um atrativo Plano de Cargos e Carreiras para os docentes. Por fim, hoje (25), os professores de Igarassu ocuparam as ruas para dizer que estão na luta pelas melhorias e avanços de que o Brasil precisa para continuar no rumo certo, entendendo o valor estratégico que a educação tem para o país.



Sendo assim, podemos afirmar que os professores estão cientes de que a luta pela aplicação de um Plano Nacional de Educação precisa ser enfrentada cotidianamente e com a compreensão do todo que envolve a conjuntura política em que vivemos. Num momento em que a pressão midiática e conservadora avança no sentido de derrubar o processo democrático e de desenvolvimento que vivemos, precisamos dizer não a toda tentativa de golpe e de recrudescimento no que tange à política de distribuição de renda e investimentos em políticas sociais. Sabemos que, a cada ponto percentual que pagamos de juros a banqueiros e rentistas, deixamos de investir milhões em educação. Por isso, os movimentos sociais que prezam por uma nação justa e soberana não podem abandonar a luta por aquilo que é o nosso maior patrimônio: o povo brasileiro. Viva a luta do nosso povo, viva a luta por uma educação de qualidade, viva o Brasil!


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