Esta poesia não é minha, não poderia tê-la
Ela é dos que sonham, dos que segurando bandeiras, estandartes e pedras
ousam levantar do sonho
Esta poesia não é minha
ela tem muitas vozes
dos heróis que li e dos que nem conheci
Esta poesia é escrita por mãos que carregam enxadas
por mãos que laboram nos túneis
ou pelas que se erguem a pedir no sinal
Esta poesia, ardilosamente penetra
em minha cabeça
como as canções que já cantaram em uníssono
Suavemente, esta poesia - que nunca será minha!
caminhará pelos morros e pontes
e sequestrará a tranquilidade dos que dormem sobre nossas consciências
e gritará tão alto, que por todos os cantos haverão de ouvi-la
E com certeza, numa nova aurora, esta poesia surgirá aos que têm fome
forte como as palavras que um dia Castro escolheu
vermelha como o sangue
da tinta que lhe escreveu,
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