quinta-feira, 9 de março de 2017

O Maracanã e a Lava-Jato




Ontem a estreia do Flamengo pela Copa Libertadores da América me deu um alívio. Não pelo resultado do esquadrão comandado por Diego em ótima fase, mas por, pelo menos, poder ver o Maracanã voltar ao protagonismo do futebol brasileiro.

O que aconteceu com o Maracanã no final do ano passado e início desse ano é o verdadeiro retrato do que o golpe - executado habilmente pela cortina de fumaça da operação Lava-Jato fizeram e continuarão fazendo ao país.

O Maracanã não é só um "estádio de futebol", mas símbolo da nacionalidade brasileira, patrimônio cultural - para os que amam ou detestam futebol -, templo sagrado do esporte mundial e, por isso, não por coincidência, uma das primeiras vítimas do golpe antinacional a que o Brasil tem sido submetido, assim como o programa nuclear brasileiro, que mantém preso por 43 anos o Almirante Othon; assim como a Petrobras e o Pré-Sal brasileiro, ,que, dia a dia vêm sendo desidratados em tempo recorde pelos serviçais do império estadunidense.

O episódio do Maracanã é emblemático, visto que mostra o verdadeiro objetivo da operação Lava-Jato e do golpe: acabar com o patrimônio brasileiro, sucateá-lo em determinados casos para repassá-lo ao capital estrangeiro. Felizmente não conseguiram com o Maracanã, mas certamente não é esse o destino da maioria do nosso patrimônio, que, assim como a previdência, segue sendo entregue de mão beijada.

Engraçado nesse episódio do Maracanã é lembrar do que parte irresponsável da esquerda brasileira fez às vésperas das Copa da Confederação e Copa do Mundo - datas mais que comemoráveis para a nacionalidade brasileira, que se apresentou ao mundo e pôde realizar grandes eventos, sem dever nada a países desenvolvidos. Talvez seja exatamente isso o que eles queriam: nosso futebol, estádios e país entregue àqueles que muitos julgaram estarem certos na Ucrânia, por exemplo.

Os efeitos da Lava-Jato são devastadores para o país. De acordo com o insuspeito G1, em 2016, os números negativos que a Lava-Jato causavam à economia em 2015 girava em torno de R$ 140 bilhões, muito além dos R$ 50 milhões para salvar o Maracanã das garras do descaso e do abandono. Infelizmente, para salvar a economia nacional não são 50 milhões ou 140 bilhões, mas só um verdadeiro pacto nacional, desenvolvimentista, democrático e amplo para tirar o país das garras dos usurpadores que alijaram uma presidenta legitimamente eleita e operam a passos cavalares a entrega do nosso patrimônio - seja o Maracanã, seja Alcântara, o Pré-Sal ou nossa aposentadoria. É preciso lutar!